Blog Refúgio do Corpo

Inicialmente, o Blog Refúgio do Corpo tinha um espaço reservado com muito carinho, dentro do meu site. Porém, devido ao grande número de acessos a ele, fui aconselhada a migrá-lo à um serviço próprio de hospedagem de Blogs para liberar mais espaço na navegação de ambos, Site e Blog. Apesar do trabalho de refazer o Blog, fiquei muito feliz, pois significa que as pessoas estão buscando informações e cuidando de sua saúde e qualidade de vida!!!
Dessa forma, convido a todos, que continuem nos acompanhando pelo nosso site e agora também por esse canal de comunicação!!!

Um grande abraço,
Lilian Furlan
Educadora Física & Personal Trainer


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Capacidade aeróbia, Capacidade Pulmonar e Envelhecimento*

Com o processo natural de envelhecimento várias funções orgânicas sofrem um declínio. Dentre elas pode-se citar como exemplo a capacidade cardio-respiratória, que é fundamental para uma boa qualidade de vida da população, especialmente dos idosos. Bons níveis cárdio-respiratórios podem contribuir de forma significativa para uma boa qualidade de vida para este segmento populacional, pois permitirá, por exemplo, que o idoso realize tarefas cotidianas como caminhar, sem cansaço excessivo, preservando assim sua autonomia.
O declínio começa a ocorrer após os trinta anos de idade, especialmente se o indivíduo não for fisicamente ativo. Dentre os muitos efeitos do envelhecimento, pode-se citar a diminuição do VO2max, do débito cardíaco, da freqüência cardíaca, da elasticidade e complacência dos pulmões, dilatação dos bronquíolos, ductos e sacos alveolares, atrofia dos músculos respiratórios, redução da caixa torácica, diminuição da ventilação pulmonar, diminuição da capacidade vital, diminuição do volume expiratório forçado, aumento do volume residual, aumento do espaço morto anatômico, aumento da ventilação durante o exercício e diminuição da ventilação expiratória máxima. Todos esses efeitos podem estar relacionados à diminuição da capacidade pulmonar observada, especialmente, na população idosa.
O desempenho funcional pulmonar máximo é conseguido, aproximadamente, aos 20 anos pela mulher e aos 25 anos pelo homem. Após isso, inicia-se uma lenta e progressiva redução da capacidade funcional pulmonar, que se mantém, entretanto, em condições de proporcionar uma adequada troca de gases mesmo em idades extremas em indivíduos saudáveis.
São três os fenômenos mais importantes associados ao envelhecimento: a redução na retração elástica do pulmão, a redução na complacência da parede torácica e a redução na força dos músculos respiratórios.
 
Com o envelhecimento há uma diminuição na capacidade funcional do sistema cardiovascular apresentando uma diminuição na capacidade de consumo máximo de oxigênio (VO2max). Durante o envelhecimento, ocorre redução nos valores de VO2max, correspondendo a um declínio percentual relativo de 0,8 a 1,1 por ano ou 10% a cada década. Além desses fatores, após os 50 anos, a potência e a capacidade aeróbia sofrem um brusco declínio devido às alterações nos valores de diversos hormônios como, estrogênio, progesterona, aldosterona e hormônios gonadotrópicos podendo influenciar negativamente as capacidades pulmonares.
Durante o envelhecimento ocorrem também alterações no sistema oxidativo enzimático. Enzimas, como a succinato desidrogenase, citatrossintase e hidroxiacil-CoA-desidrogenase estão relacionadas ao sistema oxidativo. Essas reduções podem estar ligadas a fatores como o sedentarismo e a falta de uso da musculatura em específico. A enzima citatrossintase, quando tem sua atividade reduzida, mostra diferenças nas respostas ao exercício, devido à diminuição da capacidade respiratória e atrofia muscular, em torno de 20% na musculatura de idosos quando comparados à musculatura de indivíduos jovens. Assim, o envelhecimento está associado a diminuição na atividade enzimática aeróbia, na capacidade respiratória, atrofia muscular, diminuição de fluxo sanguíneo e capacidade oxidativa, e talvez menor densidade capilar. Todos esses fatores contribuem para a diminuição da potência e capacidade aeróbia em idosos quando comparados aos jovens. Desta forma, qualquer melhora na capacidade aeróbia pode representar uma diminuição da taxa e declínio associado ao envelhecimento e, conseqüentemente uma diminuição da incidência de morbidade e mortalidade por doenças crônico-degenerativas. Uma das formas apontadas para esta melhora tem sido o treinamento físico, pois está associado à prevenção e promoção de saúde e qualidade de vida.


Por: Profa Lilian Furlan - Monografia: Efeito da atividade física aeróbia na capacidade pulmonar em idosos - 2006.

*As informações aqui disponíveis não substituem o aconselhamento profissional.

0 comentários:

Postar um comentário